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Uma deficiente visual (Retinose Pigmentar), que vê a vida, como um presente à ser desfrutado.

sábado, 3 de setembro de 2016

A vida por 1 ponto de vista - Cap XVI (2ª Parte)

Tombos inesquecíveis – (2ª Parte)
            Moramos seis anos em Apiaí, interior de São Paulo, onde também chegou a morar, alguns anos, a grande escritora, Lygia Fagundes Telles, pois, seu pais era juiz.
Meu  pai, por sua vez, foi uns dos pioneiros à trabalhar na implantação da fábrica de cimento da Camargo Correa: cimento Eldorado.
            De volta pra Poá, nem me lembro como foi, mas a minha mãe já tinha providenciado a minha matricula na mesma classe de nossa prima,  Lizete.
            Por ironia do destino, enquanto morávamos no centro de Poá, na casa dos meus avós, perto da estação de trem, eu estudava no colégio perto da minha antiga casa, que era ao lado da outra que estava sendo construída.
            Nas idas para do colégio, muitas vezes, providencialmente, pegávamos uma carona com o pai da Lizete, mas, na maioria das vezes, íamos caminhando e sempre encontrávamos os colegas, pelo caminho, e já íamos conversando, animadamente.
Eu, como sempre, “falando pelos cotovelos”, entre as meninas, me distraí, e não percebi, um daqueles enormes latões de lixo, que ficava em frente ao supermercado, no meio da calçada, e bati em cheio, quase caindo de cabeça dentro do latão.
            As  meninas, ficaram constrangidas, por não terem me avisado à tempo, mas, tratei de isenta-las de qualquer culpa, minimizando o acontecimento, levando tudo na brincadeira.
Afinal, ninguém tinha culpa, pois foi mais distração do que falha de visão.
Mas, em outra vez, na saída do mesmo colégio, ao descer da calçada, para atravessar uma rua de cascalhos, cheia de buracos, torci o pé e caí tão rápido, que nem deu tempo, de me apoiar nas meninas, ou, de que elas pudessem me segurar.
            Dois meninos, colegas de classe, que vinham atrás de nós, ao invés de correrem para me socorrer, ou pelo menos perguntar se eu precisava de ajuda, passaram por nós, dizendo:
— Feliz aterrissagem!
            Nooooossa!
Ficamos decepcionadas, indignadas com a atitude deles, já que eram dois dos “gatinhos” mais cobiçados da classe.
Apesar da dor, pela torção do tornozelo, nem falamos mais do meu tombo, e sim, da insensibilidade e falta de cavalheirismo da parte deles.
            Eles caíram muito no nosso conceito, naquela época. Agora, depois de tanto tempo, percebo que foi apenas, imaturidade.
Quanto à minha prima Lizete, desde aquele tempo, por estar sempre por perto nestas situações, me socorrendo e me amparando, é tambem considerada, meu “Anjo da Guarda”.
 

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Reflexões

Para cima, e para o alto!



Se um dia, menino

A vida lhe pega

Andando sem tino

Caindo na pedra



Não fica, menino

Por causa da pedra

Como o corpo fechado

Com um corpo de pedra



Um dia essa pedra

Com mêdo de alguém

Com o corpo em queda

Pode ir além

De um poço sem fim



Não fica, menino

Por causa da pedra

Com o corpo fechado

Com um corpo de pedra



Silvann@____