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Uma deficiente visual (Retinose Pigmentar), que vê a vida, como um presente à ser desfrutado.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

ABIME- Diretoria de Inclusão e Cooperação

ABIME – Diretoria de Inclusão e Cooperação

No último sábado, dia 03/12, Dia Internacional da Inclusão do Deficiente, durante as comemorações do 2º aniversário da ABIME (Associação Brasileira...  Mídia Eletrõnica), foi criada a Diretoria de Inclusão e Cooperação , da associação, pela presitente Vera L.G. R. Tabach.
            Nesta ocasião foram empossadas:
A Diretora-Secretária, Jamile Dugaich Zaguir,
A Ditetora-adjunto Cleonice Furquim, e eu, Silvana Guida Rodrigues, como Diretora da Inclusão e Cooperação.
Esta diretoria visa, através deste canal, a mídia eletrônica, uma colaboração efetiva e eficiente, uma inclusão real do deficiente na sociedade.
Através de informações atualizadas de eventos, palestras, serviços, oportunidades profissionais, descobertas da medicina, etc...
Esperamos que, com esta iniciativa, possamos criar mecanismos para que todos se beneficiem com a tão demorada, mas bem-vinda: INCLUSÃO!!!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

A iminente cura da Retinose Pigmentar

O site Diário da Saúde fala sobre uma pesquisa conduzida pelo médico e pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq/MCT), Júlio César Voltarelli, em parceria com os oftalmologistas Rubens Siqueira, Rodrigo Jorge e André Messias, da Universidade de São Paulo (USP) sobre a Retinose Pigmentar:
A descoberta de células do organismo humano com capacidade de se multiplicar e de formar novas células especializadas tem trazido esperança para portadores de doenças crônico-degenerativas para as quais não se dispõe de terapias eficazes.
Entre as pesquisas desenvolvidas nesta área está o tratamento com células-tronco que poderá recuperar a visão de portadores da retinose pigmentar, uma doença genética que causa degeneração da retina e perda gradual da visão, provocando cegueira irreversível. No Brasil estima-se que existem aproximadamente 40 mil portadores desta doença.

Leia também:
-
Células-tronco contra a retinose pigmentar [02.06.2009]
-
Vencendo a cegueira de nascença [06.03.2009]
-
Retinose pigmentar: Projeto ajuda deficientes visuais no uso de computadores

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Inclusão na Malhação

Na temporada 2011 da séria Malhação, exibido pela Rede Globo no final da tarde, mais uma vez, a emissora mostra a rotina de um deficiente.
Neste caso, Felipe, por falta de informação, teve perda bilateral da visão, em consequência de um câncer, e principalmente, pelo diagnóstico tardio da doença.
Não localizei no site da Globo, como enviar e-mail com a minha sugestão, pois, acho que eles poderiam aproveitar este ’gancho” para dar informações sobre acessibilidade, ou a grande falta dela, inclusão, e novidades científicas e tecnológicas, como: pesquisas com células-tronco, implantação de chips, etc....
Talvez até citarem instituições sérias como a Fundação Dorina Nowill para cegos, e os seus trabalhos tão importantes, que abrangem, desde as consutlas e diagnósticos, até os treinamentos, palestrasl, entretenimentos, distribuição de livros falados, cursos para a formação e inclusão dos deficientes visuais e cegos, no mercado de trabalho, etc...
Recentemente foi criado um curso para cegos e deficientes visuais.  
O jornalista José Roberto (Bebeto), no Informe da Fundação, da revista Veja falada, distribuída pela Fundação Dorina, aos assinantes, no dia 17/09/2011,  entrevistou Edson Defemdi.

Resumo da entrevista:

“Começou recentemente, o 1º Curso Brasileiro de Formação de Perfumistas, e este curso está sendo feito, dentro da Fundação Dorina Nowill.
Quem está desenvolvendo e organizando este curso, que até então, não existia no Brasil, é o Edson Defendi.
Ele informa que é um curso inédito no Brasil, de formação em Avaliador Olfativo, para preparar pessoas cegas e com deficiência visual, para atuar nos mercados: de perfumaria e cosméticos.
Um curso, cujo início neste mês, começa com uma turma de 10 alunos selecionados, que serão preparados para atuar como avaliadores olfativos, na área de perfumaria.
Quer dizer, cada aluno se prepara para ser... O nariz!
Eles têm que distinguir, qual a mistura dos vários produtos que compõem o produto, e descobrir se esta mistura é agradável, isto é: se funciona, se não funciona...
O que deve ser acrescentado...
Até agora, os especialistas nesta área, que são raríssimos, tiveram a sua formação prática, dentro da indústria.
Outros, que são muito poucos, com formação; porém, fora do Brasil.
Segundo o entrevistador Bebeto, Edson conseguiu “passar a perna” nas universidades, e convenceu os especialistas, a serem professores deste curso.
Edson diz que curso foca o aprendizado na distinção dos odores. e diz, com entusiasmo que este curso, é muito cativante, pois todos nós, gostamos de um bom perfume.
Bebeto cita também, a memória olfativa.
Esta memória olfativa, segundo Edson, fez parte do processo de seleção do curso; pois, o cheiro está diretamente ligado às memórias afetivas.
À partir daí, a pessoa começa a criar um repertório de aromas.
Por exemplo: o café da vovó...
Isto é muito importante na criação de um perfume.
O curso, oferece essas noções básicas, e é voltado para jovens deficientes visuais, com baixa-visão, ou cegos, com nível médio de escolaridade.
Por ser o primeiro, o curso ainda está sofrendo alguns ajustes, e conta com uma equipe de primeira linha: professores especialistas, que atuam nas indústrias; visam parcerias, para a colocação práticamente garantida dos novos profissionais, pois, a oferta destes profissionais, ainda é muito pequena.
Foi lembrado pelo jornalista, que os primeiros perfumes nasceram no antigo Egito, e que na França, existe um Museu, que conta que eles eram feitos à partir de óleos que continham pétalas de rosas, de lírios, etc, que absorviam o aroma destas flores.
Todo e qualquer perfume, é uma mistura de vários aromas, que são experimentados, testados, aperfeiçoados, com variações cítricas, adocicadas, amadeiradas... Até se chegar á combinação desejada, e ainda ter as fases, as notas, e a fixação ideal.
O aluno deste curso, conhece todos os processos, passo à passo.
Nós, leigos, sabemos que as bases principais dos perfumes, são extraídas da natureza: das flores, raízes, cascas de árvores, folhas, ervas, etc...
Apenas uma fração mínima destas bases, é sintetizada.
O universo que este aluno vai entrar, começa com a história do perfume considerado como arte.
O processo de evolução do perfume, até chegar aos perfumes atualmente usados.
Este conhecimento, dá um perfeito embasamento, para que o aluno vá para o mercado de trabalho, passando por um treinamento de identificação de aromas.
Os deficientes visuais e cegos, têm uma sensibilidade olfativa tão aguçada, que permite inclusive, que êles identifiquem o ambiente, e/ou se orientem através da memória olfativa,
Bebeto cita a sensibilidade olfativa dos cegos, que sentem o cheiro de chuva iminente.
O curso, também visa estimular esta capacidade desenvolvida, e criar situações, e treinar os alunos, potencializando suas sensibilidades olfativas, preparando-os para a fase da criação dos dos perfumes.
A primeira turma foi composta de 10 alunos, e 8 professores.
O curso também tem oficina de empregabilidade, além da capacitação técnica
 O projeto inicial, é para formar 4 turmas.
Edson afirma que o mercado está muito interessado nestes profissionais.
O objetivo é perenizar o curso, pois, é sabido, que o mercado de cosméticos, é um dos que mais crescem.
Bebeto lembra que a experiência olfativa, atinge também o mercado de vinhos (um enólogos precisa ter um bom “nariz”), e também, o mercado de cafés, porque hoje em dia, os baristas, são muito valorizados, e precisam ter: tanto um bom senso crítico no paladar, como no olfato.
Edson comenta, que em uma conversa com um dos professores, estas habilidades são chamadas de: painel gustativo olfativo.
Neste momento, Bebeto teve a idéia, acatada com muito entusiasmo pelo Edson, de um outro projeto: um curso nesta linha,
Que poderá ser planejado futuramente, com vinhos e cafés.
Edson afirma, que na Espanha, já existe um grupo grande de deficientes visuais, que já trabalham na experimentação e apreciação de vinhos, e na descrição para se criar um bom vinho, e por isto, pensou em formar profissionais desta área.
Segundo Bebeto, estes profissionais teriam uma grande chance de trabalho na regiões brasileiras: Sul, e Nordeste,
A informática e a tecnologia, também são fortes aliados para estes futuros profissionais, na inserção de dados, e na inclusão social, escolar e profissional.
Os alunos aprendem inclusive a usar as ferramentas disponíveis para deficientes visuais e cegos, que facilitam a navegação na Internet, ou na criação de planilhas, textos, etc, com ledor de tela.
— O curso — continua Edson —  vai também focar, questões específicas da empregabilidade, que é o que...? Êle, saber usar o recurso, a tecnologia assistiva própria, o Virtual Vission, o Magic... Que são programas específicos que a maioria dos deficientes visuais conhece, associados ao ambiente de trabalho: fazer uma planilha, o seu próprio currículo, escrever uma boa carta...
Bebeto lembra, que o profissional deve, inclusive, se preparar para se apresentar ao empregador, e convencê-lo que ele está plenamente capacitado, e quais as condições que êle necessita, para fazer um bom trabalho no computador.
Edson lembra que, os recursos não são apenas tecnológicos, mas principalmente, humanos.
Neste particular, existe também um apoio psicológico, nas reuniões que acontecem durante o curso, visando a segurança e a auto-estima.
Os interessados em participar das próximas turmas do curso de “Sensibilidade Olfativa e Informática”, deve entrar em contato com a Fundação através, do telefone:
11 5087-0959, e falar com a Fernanda, ou com a Monalisa (psicóloga-estagiária do setor de empregabilidade).
Ou enviar um e-mail, para: empregabilidade@fundacaodorina.org.br
O curso acontece na Fundação Dorina, em um espaço especialmente preparado. Bebeto deu a idéia de formação de grupos para a visitação monitorada, pelas instalações, e maiores informações sobre os cursos.
Edson oferece também os canais da empregabilidade, para o envio de Currículuns Vitaes, pois pode fazer a “ponte” entre os deficientes visuais e cegos, e as empresas.
Bebeto reforça, que os interessados devem entrar em contato com a Fundação Dorina, dando sugestões, e mostrando seu interesse, para que hajam investimentos em todos os níveis, nestes cursos”.

Que bom que o Brasil está melhorando cada vez mais, na questão da inclusão.
Viva!

Silvann@___



sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Comunicação Visual, Zero!

Olá!

Criei um novo e-mail: com.visual.zero@gmail.com

Isto, é para que vocês também possam opinar sobre este assunto, pois, estou cada vez mais indignada com a falta de comunicação visual, no mundo em que vivemos, e particularmente, no nosso país.
            Há pouco tempo, fiquei surpresa com a falta de sinalização fundamental, (mão e contra-mão, nome de rua, etc) em uma capital tão importante, como: Salvador.
            Em São Paulo, com a lei “cidade limpa”, que proíbe os anúncios em “backlights”, ficou mais acentuada a falta de segurança, por falta da iluminação nas ruas.
Os proprietários dos estabelecimentos, que pagavam a conta da energia, foram proibidos de fazer este tipo de comunicação visual, mas, a população esperava que pelo menos a prefeitura cumprisse com sua obrigação de iluminar melhor, a cidade.
O que não aconteceu
            Com a idade da população brasileira aumentando, em conseqüência, a visão diminuindo, todos deveriam estar mais atentos à comunicação visual, mais clara e legível.
            Mas, ao contrário, principalmente os sites úteis, como: os de serviços essenciais, bancos, farmácias delivery,  supermercados delivery, etc,  estão cada vez mais difíceis de usar.
            Alguns sites que eu usava muito, até desisti.
Com ícones e lapelas de cores claras com letras mais claras, fininhas...
            Os botões de opções, também tem um problema: alguns deles, mudam de cor de fundo, e das letras, sem nenhum contraste, tornando a leitura, impossível.
            E aquela imagens com letras, que precisamos digitar nos cadastramentos, então...?
            Você também já sentiu dificuldades em ler telas de sites, encontrar números de endereços, etc...?
            Com tantos Ministérios, acho que deveriam criar um, que cuidasse da legislação para uma comunicação visual melhor.
            Se você, tem alguma deficiência visual (nem que seja uma simples miopia), e, já sentiu quaquer dificuldade neste sentido, em algum momento da sua vida, dê a sua opinião, enviando uma mensagem para o e-mail mencionado acima.
Mesmo que seja só para dizer: CONCORDO!
            E se achar que deve... DIVULGUE, aos seus contatos..

Quem sabe, com a união, a gente consiga um mundo mais nítido.
            Desde já, muito obrigada.

     P.S.: Não se esqueça! A sua opinião, deve ser enviada para o e-mail:
              com.visual.zero@gmail.com

                       Silvann@___

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Dirigir, ou Pilotar?

Tanto faz.
Tanto um, como o outro, fizeram parte de um sonho, que nunca desisti de sonhar.
Quando me acenaram com um tratamento, e uma chance de cura da Retinose, através de “um tratamento milagroso, descoberto por cientistas russos”, que consistiria em “colocar um tecido que adere à retina, e a injeção de um líquido” em uma clínica de Campinas, resolvi tentar.
Meu primo, médico, meio desconfiado, disse:
— Será que ainda não é cedo para tentar? Não seria melhor esperar este tratamento ficar mais conhecido...?
Ele tinha razão: era charlatanismo.
Cauteloso, ele não queria minar as minhas esperanças.
— Você já faz tanta coisa, apesar da sua limitação visual, imagine se você sarar... Ai meu Deus — ele brincou — não quero nem imaginar...
Rimos muito, imaginando... E eu disse:
— Quero no mínimo, ser piloto da NASA.
Êle arregalou os olhos, assustado e rindo:
— Não duvido.
Agora, depois de muitos anos de espera, surgiu uma nova espernça de cura, mas como já passaram alguns anos, a minha ambição já é menos ambiciosa: piloto de Boing.
            Outro dia, contei à uma amiga, a Lena, que sonhei que estava dirigindo, e que não tinha certeza, se conseguiria brecar o carro.
Fazia muito tempo que não pegava em uma direção.
Depois que contei o sonho à ela disse:
— Tenho a impressão de que só vou tirar isto da cabeça, quando fizer a prova.
Ela, prontamente, me ofereceu para que eu tentasse, no jardim da casa da minha mãe, bem amplo e seguro.
O carro dela é novinho em folha!
Mas sei, que ela me conhece, e sabe que eu não arriscaria, se não tivesse uma boa margem de segurança.
Tentei. E ela ficou surpresa:
— Nossa, você foi muito bem!
Talvez ela nem saiba o quanto sou grata pela sua demontração de amizade e confiança.
Outra querida amiga de verdade, a Sandra, me emocionou também, quando ddisse que se eu pilotassa um avião, ela iria comigo, sem pestaneja.
            Nada como ter amigos que confiam na gente, de olhos fechados.
Isto, já vale mais do que qualquer realização de sonho.
Dirigir... Pilotar... Isto talvez, faça parte do futuro, que sabe, nem tão distante assim, mas o hoje, o agora, também tem notícias empolgantes.
Ouvi uma matéria na revista Veja falada, distribuída pela Fundação Dorina, do dia 10/08/2011, que já me deixou muito animada:

CURIOSIDADES

Ford, leva pessoas com deficiência visual para pilotar carros

Test drive da Ford, leva pessoas com deficiência visual para pilotar carros.
Um test drive organizado pelo Centro de Desenvolvimento do Ford, na Alemanha, reuniu um grupo de 30 pessoas cegas, ou com baixa visão, para fazer uma série de testes, na sede da empresa, incluindo uma experiência pouco comum: pilotar um carro.
            O objetivo da pesquisa, segundo a marca, foi obter informações, e contribuir para que esta população tenha uma compreensão maior dos veículos; seja como pedestre, ou como passageiro.
            Para isto, com a ajuda de instrutores, o grupo teve a possibilidade de acelerar alguns modelos da marca, e ter a sensação de: como é, estar no controle de um automóvel.
            Durante os testes, os instrutores ficaram impressionados com a destreza e a habilidade dos participantes, que muitas vezes, tiveram mais facilidade em aprender, do que uma pessoa com visão normal”.

Não é fantástico?
Que pena que eu não estava na Alemanha...
Mas, se alguém souber. que alguma empresa aqui no Brasil, está precisando de voluntários para fazer test drive de automóvel, caminhão ou avião, por favor, diga que pode contar comigo, ok?

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Definição da Retinose

Extraí esta Definição da Retinose Pigmentar, do site da Clínica Belfort, pois, achei didática, simples e objetiva:

"Retinose Pigmentar

(“retinitis pigmentosa” em inglês)
Retinose pigmentar é o nome que damos a uma série de alterações genéticas que causam uma doença caracterizada pela perda de visão noturna, perda do campo visual e de visão central. É uma distrofia dos cones e bastonetes, as células especiais da retina responsáveis por transformar a luz visível em impulso nervoso que é levado até o cérebro.
A incidência da retinose pigmentar é de 1 para cada 4.000 pessoas. Já foram identificados cerca de 45 genes causadores da retinose pigmentar, acredita-se que este número corresponda a cerca de 60% dos casos. No futuro é possível que, dependendo da alteração genética, saibamos quanto o paciente vai perder de visão e o tratamento mais adequado, mas por enquanto todos estes casos são considerados “retinose pigmentar”.
Quadro clínico
O paciente apresenta piora da visão noturna no final da infância, piora do campo visual durante a adolescência e piora da visão central na idade adulta. Isto ocorre porque as células da retina responsáveis pela visão noturna, chamadas bastonetes, são as primeiras a serem acometidas pela doença. A doença progride lentamente, até os 60 anos.
O diagnóstico é feito com o exame de fundo de olho, que apresenta características típicas das distrofias de retina e confirmado com exame de eletrofisiologia ocular, chamado eletro-retinograma multifocal (ERG multifocal). Fotografias da retina, campo visual e OCT-3 (tomografia de coerência óptica) também ajudam a documentar a doença e identificar complicações.
Genética
A doença é genética, mas segue diferentes padrões de herança, que são os tipos de alteração dos genes. Acredita-se que cerca de 60% são autossômicas recessivas (ambos os pais apresentam o gene defeituoso e o filho apresenta a doença), 30% autossômico dominante (apenas um pai afetado transmite a doença ao filho) e 10% ligada ao X (defeito está no cromossomo X e só se manifesta em filhos de mãe afetada, sendo que as mulheres são portadoras, mas não manifestam a doença).
Alguns pacientes apresentam manifestações extra oculares, como alterações auditivas ou obesidade e estas associações recebem nomes específicos como Sindrome de Usher, Sindrome de Bardet-Bidl, etc.
Os pacientes devem receber aconselhamento genético para descobrir o risco de transmitir a doença a seus filhos e considerar outros métodos para impedir que isto ocorra.
Tratamento
Infelizmente ainda não existe tratamento para retinose pigmentar. Novas pesquisas buscam evitar a degeneração das células da retina ou recuperar as células lesadas. Terapia genética está sendo utilizada com o objetivo de impedir a degradação dos fotorreceptores, com resultados animadores em animais, que em breve devem ser estudados em seres humanos. Para recuperar a visão em estágios mais avançados da doença novos tratamento com células tronco e “chip de retina” (chamado na imprensa leiga de olho biônico) estão sendo realizados, com resultados ainda iniciais, mas animadores.
Estes tratamentos ainda não estão disponíveis ao público, são experimentais e só realizados em centros universitários com aprovação do comitê de ética. Tratamentos “milagrosos”, disponíveis em clínicas suspeitas, inclusive em outros países como Cuba não têm resultado comprovado nem explicação científica para seu funcionamento. Já que ainda não existem tratamentos comprovados, alguns médicos mal intencionados enganam pacientes e familiares de portadores da doença. Cuidado para não ser enganado.
Alguns estudos observaram que suplementação alimentar com Omega 3 e vitamina A (palmitato) ajudaram a retardar a progressão da doença. Esta suplementação deve ser acompanhada pelo médico porque pode trazer riscos de mal formação para o bebê em mulheres grávidas e fratura de fêmur em idosos.
Tratamento das complicações
Apesar da doença ainda não ter tratamento, pacientes portadores de retinose pigmentar podem apresentar catarata e edema de mácula, que contribuem para a piora da visão. Estas alterações podem ser tratadas e proporcionar a melhor visão a estes pacientes. Auxílios para visão sub-normal também ajudam estes pacientes a continuar com suas atividades escolares e profissionais.
Artigo escrito pela equipe da Clínica Belfort. Proibida reprodução parcial ou total sem autorização. Este artigo contém apenas informações gerais sobre doenças oculares. Este texto não substitui a avaliação por oftalmologista".

domingo, 14 de agosto de 2011

Geraldo Magela

Geraldo Magela também tem Retinose Pigmentar, e ficou cego muito cedo.
Também "vê" a vida com bom humor. e com a sabedoria de tirar o melhor proveito dela.
Por isto, sou sua fâ, e postei sua entrevista, extraída do Programa do Jô.

sábado, 6 de agosto de 2011

A árvore

"            "Existem incontáveis tipos de árvores, eu sei.
            Mas esta, é especial.
            A que nasce frágil, mirrada, e com o tempo, vai se tornando frondosa, exuberante...
            E sua seiva vai se aprimorando, e ela vai se tornando alvo de admiração; e quando as intempéries chegam, mais, as suas raízes vão sendo fincadas, e ela se tornando mais segura, sólida, quase imbatível.
            No auge do seu explendor, ela dá flores, que se transformam em frutos.            Esses frutos vão evoluindo, amadurecendo à sua sombra protetora; e seguindo o curso natural da evolução, estes frutos, se libertam dos galhos e caem sob a sua proteção, e germinam, até que se tornem brotos independentes, cientes de que sua individualidade preservada, apesar de estarem ainda e sempre, sob a proteção dos seus galhos que lhe dão a sombra necessária, sem porém os privar do alimento e calor do sol, sem tirar o privilégio de sentir os benefícios da chuva...
            Toda esta força, sensibilidade e altruísmo, só poderia vir de uma espécie, criada pela natureza: esta árvore que chamamos de mãe.
            A minha mãe."
Este texto, faz parte do livro, e partiu do imenso amor e admiração que transborda em mim.

Silvann@___

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Cães-Guia - Parceria Fundamental

Há mais de seis décadas a Fundação Dorina Nowill para Cegos tem se dedicado à inclusão das pessoas com deficiência visual, por meio do acesso à educação e a cultura. Oferece programas de clínica de visão subnormal, educação especial, reabilitação e empregabilidade.
    Visite o site, clicando no link, acima.
    Êles fazem um trabalho incrível!!!
   Esta matéria, foi publicada no informe da Fundação, da revista Veja façada. do dia 20/07/2011.

Fundação Dorina participa do:
Projeto Cão-Guia - SESI-SP




Adermir Ramos da Silva Filho, Paulo Skaf e Carlos Alberto Melchert de Carvalho e Silva com seu cão-guia
O SESI-SP e o Instituto Meus Olhos tem 4 patas, com o apoio da Fundação Dorina lançaram, no dia 5 de julho deste mês, o Projeto Cão-Guia SESI-SP. A iniciativa para transferência de tecnologia social beneficiará pessoas com deficiência visual que trabalham na indústria paulista. O projeto contempla a criação, treinamento e doação de cães-guias para industriários com deficiência visual, permitindo mobilidade autônoma e segura a esse público.

Nesta primeira etapa, 32 filhotes de cães das raças Labrador e Golden, adquiridos pelo SESI-SP, estão sendo entregues a famílias acolhedoras, selecionadas pela entidade, para diferentes vivencias e situações que permitirão equilíbrio comportamental aos futuros cães-guias.

Num segundo momento, os animais serão encaminhados ao centro de treinamento do Instituto Meus Olhos tem 4 patas para adestramento intensivo e especializado. Nessa etapa, o cachorro será avaliado, permanentemente, por treinadores qualificados. O treinamento terá duração de 6 a 8 meses, dependendo da evolução do animal.

Já no terceiro momento, será formada a dupla de cão-guia e seu futuro dono, que passarão por um período de instrução. Os cães-guias serão doados gratuitamente aos industriários com deficiência visual, previamente selecionados pelo SESI-SP.

A Fundação Dorina oferecerá noções básicas sobre orientação e mobilidade aos profissionais do Centro de Reabilitação do SESI e também fará a avaliação e supervisão técnica para acompanhamento da pessoa com deficiência visual para o uso de cão-guia.


Famílias acolhedoras recebem cães para socialização
Famílias acolhedoras recebem cães para socialização

Cães com as famílias acolhedoras
Cães com as famílias acolhedoras

Se você quiser, sendo deficiente visual, pode ser assinante da Veja Falada, da Fundação.
Ligue: 11 5087-0999


Projeto Pessoal:
Palestra: 1 cão 1 guia
Treinando o seu cachorro, com "ADESTRAMENTO INTUITIVO".
É incrível, como os bichinhos aprendem a nos ajudar.
Silvann@___

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Sôbre os links

Escolhi estes links, por motivos importantes:

Fundação Dorina:-
Pelo grandioso e importante trabalho para os deficientes visuais e cegos, que se beneficiam dos serviços oferecidos.
Estes serviços abrangem, desde, os treinamentos e readaptações, consultas... Até a distribuição de livros falados para todo o Brasil, sem qualquer custo, e a revista Veja falada.
Tenho certeza que, com uma simples visita ao site, você também se sentirá motivado à ser um amigo mantenedor, e fazer parte desta engrenagem, em uma sociedade tão materialista e egocêntrica em que vivemos.

Clínoca Belfort:-
Conheci o Dr Rubens Belfort, Jr, há muitos anos atrás, e desde então, acompanho o seu trablho tão dedicado, sério e importante.
Por toda a sua competência e sensibilidade, ele é nada menos que o professor titular da Escola Paulista de Medicina, com o Instituto da Visão; ambos, com reconhecimento internacional.
O site da clínica, fornece inúmeras e importantíssimas informações para quem sofre de problemas oftalmológicos.

Instituto Mara Grabrilli:-
Particularmente, sou uma admiradora de Mara Gabrilli, pela sua superação, tenacidade, e sua jundamental luta pelo uso das células-tronco nas pesquisas, que antes, eram descartadas, e por isto, as células usadas nas pesquisas, eram importadas.
Com a vitória desta luta, os cientistas brasileiros agilizaram significativamente suas pesquisas, que vão beneficiar milhares de pessoas.

Cães-guia:-
Apesar de tão importantes, são puquíssomos cães, no Brasil, treinados para esta finalidade
Existe uma fila enorme para se conseguir um cão-guia, pois o treinamento é muito demorado, tornando a demanda muito pequena.
Como colaborar para a mudança deste quadro?
Talvez,  com a qualificação de mais treinadores, e doações dos cães.
Hoje, a grande maioria vem dos EUA, com um alto custo, tornando-os inacessíveis à grande maioria dos cegos brasileiros.


quinta-feira, 14 de julho de 2011

Não basta ser míope...? Tem que se coçar?:-

Até a puberdade, eu era muito magrinha, franzina, e minha mãe até chorava para que eu comesse.
           Meu pai, ao contrário, dizia à ela:
—­ Não chora, não força... Um dia, você vai chorar  pra ela parar de comer.
            Não deu outra.
            Aos vinte e poucos anos, eu tinha um corpo curvilíneo, que chamava a atenção.
Na praia, usava biquini de lacinhos, cortininha... Mas nunca usei “fio dental”.
            Sempre fui de opinião, de que o explícito tira a sensualdade.
            Eu gostava, inclusive, de usar um cordão com uma maçãzinha mordida, de ouro, na cintura. Fazia o maior sucesso!
            Mas foram aparecendo umas bolhinhas no pescoço, que coçavam, depois, elas foram aparecendo em outras partes do corpo, nas dobras,como: axilas,etc...
Logo, suspeitamos, que poderia ser o mesmo problema de pele, da família do meu pai.
            Uma amiga, conseguiu marcar uma consulta pra mim, no ambulatório de Dermatologia do Hospital das Clínicas, para uma avaliação
Entramos na sala de consulta, minúscula, que deve medir menos de 6 m2, com uns 4 ou 5 médicos, que me perguntaram o motivo da consulta.
Tenho a impressão que é o mesmo problema da família do meu pai.
Continuei:
Pênfigo, Benigno, Crônico, Familiar, de Harley-Harley.
Acho que falei num tom de quem estava recitando: “Batatinha quando nasce...”
Um segundo de silêncio... E todos, caímos na risada.
O diagnóstico foi confirmado, através de exames, e passei à ser acompanhada pelo ambulatório geral, de dermatologia; e depois de algum tempo, no ambulatório de Pênfigo,
Um dia, fui apresentada aos alunos, como “o pior caso de Pênfigo”,
Não resisti, e comentei:
            Puxa, doutora, pelo menos sou a primeira em alguma coisa!
E continuei, rindo, em tom orgulhoso:
—Me sinto práticamente uma celebridade!
No dia do ataque às torres gêmeas de NY, eu estava passando uma temporada, internada no HC.
Quando a médica constatou que eu estava com mais de 40% do corpo tomado pelas lesões, achou melhpr me internar.
Chorei.
E ela me garantiu que não seria ruim.
Confio nela, totalmente, e fui em frente.
Foi ótimo.
Os banhos de banheira, ao invés de sais e espuma, eram de permanganato, mas, tão deliciosamente reconfortante, que eu me sentia uma estrela de Holiwood.
Aproveitei para pegar umas receitinhas, pois, a comida era muito saborosa.
Tenho uma amiga de infância, que condoída , comentou:
Poxa, Sil, já não bastava o seu problema de visão...?
Quem dera, seque a vida fosse assim.
Que uma coisa, excluísse a outra.
Quando as crises são muito fortes, fico me coçando tanto, que pareço um macaquinho.
Então, tive uma idéia: acho que vou praticar arborismo.
Que tal?

(Esta e outras histórias divertidas, ou não, estarão no livro:
A vida por 1 ponto de vista)

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Luz e Sombra:-

Certo dia meu primo disse que eu era uma estrela. Que nasci para brilhar.
Respondi: “Sou apenas o refletor dos holofotes que estão à minha volta”.
É assim que sempre me senti. E, feliz!

Guerra e paz;;;
Altos e baixos, etc...
Acredito que tudo faz parte do equilíbrio do universo.

Isto também  faz parte de uma, das minhas viagens; que costumam ter muitos altos e baixos, muito divertidos e muito marcantes.
            Uma dessas viagens, foi para descansar e comemorar o aniversário de casamento.
            Escolhemos um lugar agradável, e ao mesmo tempo, perto de São Paulo, para que pudéssemos viajar de carro, por pouco tempo.
            Quando chegamos no hotel reservado, descarregando o cacro, meu marido perguntou:
            — E a minha bolsa? Você pegou?
            — Eu? Não... —fiquei esperando que ele, dissesse em seguida que tinha encontrado.
            Mas, ele foi ficando nervoso, e começou a dizer que iria voltar pra São Paulo de ônibus, sozinho, sem documentos...
            Eu comecei a ficar aflita, pois, não me sentia segura para ficar ficar sozinha, no hotel.
            E se acontessesse alguma coisa com ele, e não conseguisse voltar para me pegar...?
            Respirei fundo e tentei aparentar uma calma que não sentia:
            — Calma, vamos entrar, nos instalar, e pensar na melhor solução.
            Quando chegamos no apartamento, ao desfazer a mala, nos deparamos com um sacola de shopping, que eu havia colocado os tênis dele, na última hora, e ele, por sua vez. aproveitou para colocar a bolsa. Assim, teríamos menos volumes para carregar.
            Ahhhh! Que alívio!
            — Que bom, vamos agradexer à Deus, e jantar em paz — eu disse pensando em comemorar o final do stress.
            Logo que começamos o jantar... Plim!
            Senti que quebrou um dente.
            — Acho que quebrei um dente — falei calmamente para não assustar meu marido.
            Não adiantou. Ele me olhou assustado:
— Tem certeza? E agora?
            — Ah, está aqui. Caiu uma “coroa”.
            Me lembrei que ele tem um amigo que mora na cidade vizinha, e perguntei:
            — Será que o seu amigo conhece algum dentista por aqui, que trabalhe aos sábados?
            — Vou ligar pra ele.
— Será que podemos ligar ainda hoje, ou já é tarde?
Ele olhou no relógio:
— Acho que não. Vou ligar assim que formos para o quarto.
E assim foi.
            Fiquei ouvisndo ansiosa, e deduzi: que o amigo dele, todo solícito, se oferecendo para nos levar até o consultório de uma amiga do casal.
            Ele desligou e me tranqüilizou:
— Ele disse que vai ligar para uma amiga, e pedir se pode nos atender, amanhã cedo. Disse para nos encontrarmos com ele na loja, e de lá se a dentista, puder lhe atender, iremos juntos, para o consultório dela.
Eu não queria dar tanto trabalho, mas, confesso que fiquei encantada.
Além de tudo, fomos calorosamente recebidos da esposa dele, que nem me conhecia, e depois que o marido chegou, fizeram questão de ir com a gente, resolver o meu problema.
            E, não ficou por aí, não.
            A amiga deles abriu o consultório, só para me atender, e ainda por cima, não quis me cobrar.
            — Não! — eu disse, constrangida — Eu nem sei como lhe agradecer por ter me socorrido, e, nem como poderia retribuir tamanha atenção...Por isto, me sentiria muito mal, se você não cobrasse pelo menos, pela consulta.
            Depois de muita insistência das duas partes, ela acabou cobrando uma quantia irrisória, simbólica, pelo “material”, mas, tenho certeza que foi apenas para que eu me sentisse melhor.
            De lá, o casal nos convidou para almoçar no restaurante mais charmoso e tradicional da cidade, e no final do almoço, confessaram que não poderiam ficar o resto da tarde conosco, porque era aniversário de um ano da  netinha deles.
            Aniversário de um ano da netinha!
            E eles ficaram nos “paparicando” por todo este tempo!
            Isto já aconteceu há alguns anos, E, tenho certeza que nunca vou esquecer de tudo que fizeram por mim. E mais, quando me lembro, o sentimento de gratidão ainda transborda em mim,
Alguém ainda duvida, que sou rodeada por anjos...? Ou holofotes?

                                                 Silvann@____

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Para frente, e para o alto!

Se um dia, menino
A vida te pega
Andando sem tino
Caindo na pedra

Não fica, menino
Por causa da pedra
Com o corpo fechado
Com um corpo de pedra

Um dia esta pedra
Com mêdo de alguém
Com o corpo em queda
Pode ir além
De um poço sem fim

Não fica, menino
Por causa da queda
Com o corpo fechado
Com um corpo de pedra

                      Silvann@____

Reflexões

Para cima, e para o alto!



Se um dia, menino

A vida lhe pega

Andando sem tino

Caindo na pedra



Não fica, menino

Por causa da pedra

Como o corpo fechado

Com um corpo de pedra



Um dia essa pedra

Com mêdo de alguém

Com o corpo em queda

Pode ir além

De um poço sem fim



Não fica, menino

Por causa da pedra

Com o corpo fechado

Com um corpo de pedra



Silvann@____