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São Paulo, SP, Brazil
Uma deficiente visual (Retinose Pigmentar), que vê a vida, como um presente à ser desfrutado.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Cães-Guia - Parceria Fundamental

Há mais de seis décadas a Fundação Dorina Nowill para Cegos tem se dedicado à inclusão das pessoas com deficiência visual, por meio do acesso à educação e a cultura. Oferece programas de clínica de visão subnormal, educação especial, reabilitação e empregabilidade.
    Visite o site, clicando no link, acima.
    Êles fazem um trabalho incrível!!!
   Esta matéria, foi publicada no informe da Fundação, da revista Veja façada. do dia 20/07/2011.

Fundação Dorina participa do:
Projeto Cão-Guia - SESI-SP




Adermir Ramos da Silva Filho, Paulo Skaf e Carlos Alberto Melchert de Carvalho e Silva com seu cão-guia
O SESI-SP e o Instituto Meus Olhos tem 4 patas, com o apoio da Fundação Dorina lançaram, no dia 5 de julho deste mês, o Projeto Cão-Guia SESI-SP. A iniciativa para transferência de tecnologia social beneficiará pessoas com deficiência visual que trabalham na indústria paulista. O projeto contempla a criação, treinamento e doação de cães-guias para industriários com deficiência visual, permitindo mobilidade autônoma e segura a esse público.

Nesta primeira etapa, 32 filhotes de cães das raças Labrador e Golden, adquiridos pelo SESI-SP, estão sendo entregues a famílias acolhedoras, selecionadas pela entidade, para diferentes vivencias e situações que permitirão equilíbrio comportamental aos futuros cães-guias.

Num segundo momento, os animais serão encaminhados ao centro de treinamento do Instituto Meus Olhos tem 4 patas para adestramento intensivo e especializado. Nessa etapa, o cachorro será avaliado, permanentemente, por treinadores qualificados. O treinamento terá duração de 6 a 8 meses, dependendo da evolução do animal.

Já no terceiro momento, será formada a dupla de cão-guia e seu futuro dono, que passarão por um período de instrução. Os cães-guias serão doados gratuitamente aos industriários com deficiência visual, previamente selecionados pelo SESI-SP.

A Fundação Dorina oferecerá noções básicas sobre orientação e mobilidade aos profissionais do Centro de Reabilitação do SESI e também fará a avaliação e supervisão técnica para acompanhamento da pessoa com deficiência visual para o uso de cão-guia.


Famílias acolhedoras recebem cães para socialização
Famílias acolhedoras recebem cães para socialização

Cães com as famílias acolhedoras
Cães com as famílias acolhedoras

Se você quiser, sendo deficiente visual, pode ser assinante da Veja Falada, da Fundação.
Ligue: 11 5087-0999


Projeto Pessoal:
Palestra: 1 cão 1 guia
Treinando o seu cachorro, com "ADESTRAMENTO INTUITIVO".
É incrível, como os bichinhos aprendem a nos ajudar.
Silvann@___

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Sôbre os links

Escolhi estes links, por motivos importantes:

Fundação Dorina:-
Pelo grandioso e importante trabalho para os deficientes visuais e cegos, que se beneficiam dos serviços oferecidos.
Estes serviços abrangem, desde, os treinamentos e readaptações, consultas... Até a distribuição de livros falados para todo o Brasil, sem qualquer custo, e a revista Veja falada.
Tenho certeza que, com uma simples visita ao site, você também se sentirá motivado à ser um amigo mantenedor, e fazer parte desta engrenagem, em uma sociedade tão materialista e egocêntrica em que vivemos.

Clínoca Belfort:-
Conheci o Dr Rubens Belfort, Jr, há muitos anos atrás, e desde então, acompanho o seu trablho tão dedicado, sério e importante.
Por toda a sua competência e sensibilidade, ele é nada menos que o professor titular da Escola Paulista de Medicina, com o Instituto da Visão; ambos, com reconhecimento internacional.
O site da clínica, fornece inúmeras e importantíssimas informações para quem sofre de problemas oftalmológicos.

Instituto Mara Grabrilli:-
Particularmente, sou uma admiradora de Mara Gabrilli, pela sua superação, tenacidade, e sua jundamental luta pelo uso das células-tronco nas pesquisas, que antes, eram descartadas, e por isto, as células usadas nas pesquisas, eram importadas.
Com a vitória desta luta, os cientistas brasileiros agilizaram significativamente suas pesquisas, que vão beneficiar milhares de pessoas.

Cães-guia:-
Apesar de tão importantes, são puquíssomos cães, no Brasil, treinados para esta finalidade
Existe uma fila enorme para se conseguir um cão-guia, pois o treinamento é muito demorado, tornando a demanda muito pequena.
Como colaborar para a mudança deste quadro?
Talvez,  com a qualificação de mais treinadores, e doações dos cães.
Hoje, a grande maioria vem dos EUA, com um alto custo, tornando-os inacessíveis à grande maioria dos cegos brasileiros.


quinta-feira, 14 de julho de 2011

Não basta ser míope...? Tem que se coçar?:-

Até a puberdade, eu era muito magrinha, franzina, e minha mãe até chorava para que eu comesse.
           Meu pai, ao contrário, dizia à ela:
—­ Não chora, não força... Um dia, você vai chorar  pra ela parar de comer.
            Não deu outra.
            Aos vinte e poucos anos, eu tinha um corpo curvilíneo, que chamava a atenção.
Na praia, usava biquini de lacinhos, cortininha... Mas nunca usei “fio dental”.
            Sempre fui de opinião, de que o explícito tira a sensualdade.
            Eu gostava, inclusive, de usar um cordão com uma maçãzinha mordida, de ouro, na cintura. Fazia o maior sucesso!
            Mas foram aparecendo umas bolhinhas no pescoço, que coçavam, depois, elas foram aparecendo em outras partes do corpo, nas dobras,como: axilas,etc...
Logo, suspeitamos, que poderia ser o mesmo problema de pele, da família do meu pai.
            Uma amiga, conseguiu marcar uma consulta pra mim, no ambulatório de Dermatologia do Hospital das Clínicas, para uma avaliação
Entramos na sala de consulta, minúscula, que deve medir menos de 6 m2, com uns 4 ou 5 médicos, que me perguntaram o motivo da consulta.
Tenho a impressão que é o mesmo problema da família do meu pai.
Continuei:
Pênfigo, Benigno, Crônico, Familiar, de Harley-Harley.
Acho que falei num tom de quem estava recitando: “Batatinha quando nasce...”
Um segundo de silêncio... E todos, caímos na risada.
O diagnóstico foi confirmado, através de exames, e passei à ser acompanhada pelo ambulatório geral, de dermatologia; e depois de algum tempo, no ambulatório de Pênfigo,
Um dia, fui apresentada aos alunos, como “o pior caso de Pênfigo”,
Não resisti, e comentei:
            Puxa, doutora, pelo menos sou a primeira em alguma coisa!
E continuei, rindo, em tom orgulhoso:
—Me sinto práticamente uma celebridade!
No dia do ataque às torres gêmeas de NY, eu estava passando uma temporada, internada no HC.
Quando a médica constatou que eu estava com mais de 40% do corpo tomado pelas lesões, achou melhpr me internar.
Chorei.
E ela me garantiu que não seria ruim.
Confio nela, totalmente, e fui em frente.
Foi ótimo.
Os banhos de banheira, ao invés de sais e espuma, eram de permanganato, mas, tão deliciosamente reconfortante, que eu me sentia uma estrela de Holiwood.
Aproveitei para pegar umas receitinhas, pois, a comida era muito saborosa.
Tenho uma amiga de infância, que condoída , comentou:
Poxa, Sil, já não bastava o seu problema de visão...?
Quem dera, seque a vida fosse assim.
Que uma coisa, excluísse a outra.
Quando as crises são muito fortes, fico me coçando tanto, que pareço um macaquinho.
Então, tive uma idéia: acho que vou praticar arborismo.
Que tal?

(Esta e outras histórias divertidas, ou não, estarão no livro:
A vida por 1 ponto de vista)

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Luz e Sombra:-

Certo dia meu primo disse que eu era uma estrela. Que nasci para brilhar.
Respondi: “Sou apenas o refletor dos holofotes que estão à minha volta”.
É assim que sempre me senti. E, feliz!

Guerra e paz;;;
Altos e baixos, etc...
Acredito que tudo faz parte do equilíbrio do universo.

Isto também  faz parte de uma, das minhas viagens; que costumam ter muitos altos e baixos, muito divertidos e muito marcantes.
            Uma dessas viagens, foi para descansar e comemorar o aniversário de casamento.
            Escolhemos um lugar agradável, e ao mesmo tempo, perto de São Paulo, para que pudéssemos viajar de carro, por pouco tempo.
            Quando chegamos no hotel reservado, descarregando o cacro, meu marido perguntou:
            — E a minha bolsa? Você pegou?
            — Eu? Não... —fiquei esperando que ele, dissesse em seguida que tinha encontrado.
            Mas, ele foi ficando nervoso, e começou a dizer que iria voltar pra São Paulo de ônibus, sozinho, sem documentos...
            Eu comecei a ficar aflita, pois, não me sentia segura para ficar ficar sozinha, no hotel.
            E se acontessesse alguma coisa com ele, e não conseguisse voltar para me pegar...?
            Respirei fundo e tentei aparentar uma calma que não sentia:
            — Calma, vamos entrar, nos instalar, e pensar na melhor solução.
            Quando chegamos no apartamento, ao desfazer a mala, nos deparamos com um sacola de shopping, que eu havia colocado os tênis dele, na última hora, e ele, por sua vez. aproveitou para colocar a bolsa. Assim, teríamos menos volumes para carregar.
            Ahhhh! Que alívio!
            — Que bom, vamos agradexer à Deus, e jantar em paz — eu disse pensando em comemorar o final do stress.
            Logo que começamos o jantar... Plim!
            Senti que quebrou um dente.
            — Acho que quebrei um dente — falei calmamente para não assustar meu marido.
            Não adiantou. Ele me olhou assustado:
— Tem certeza? E agora?
            — Ah, está aqui. Caiu uma “coroa”.
            Me lembrei que ele tem um amigo que mora na cidade vizinha, e perguntei:
            — Será que o seu amigo conhece algum dentista por aqui, que trabalhe aos sábados?
            — Vou ligar pra ele.
— Será que podemos ligar ainda hoje, ou já é tarde?
Ele olhou no relógio:
— Acho que não. Vou ligar assim que formos para o quarto.
E assim foi.
            Fiquei ouvisndo ansiosa, e deduzi: que o amigo dele, todo solícito, se oferecendo para nos levar até o consultório de uma amiga do casal.
            Ele desligou e me tranqüilizou:
— Ele disse que vai ligar para uma amiga, e pedir se pode nos atender, amanhã cedo. Disse para nos encontrarmos com ele na loja, e de lá se a dentista, puder lhe atender, iremos juntos, para o consultório dela.
Eu não queria dar tanto trabalho, mas, confesso que fiquei encantada.
Além de tudo, fomos calorosamente recebidos da esposa dele, que nem me conhecia, e depois que o marido chegou, fizeram questão de ir com a gente, resolver o meu problema.
            E, não ficou por aí, não.
            A amiga deles abriu o consultório, só para me atender, e ainda por cima, não quis me cobrar.
            — Não! — eu disse, constrangida — Eu nem sei como lhe agradecer por ter me socorrido, e, nem como poderia retribuir tamanha atenção...Por isto, me sentiria muito mal, se você não cobrasse pelo menos, pela consulta.
            Depois de muita insistência das duas partes, ela acabou cobrando uma quantia irrisória, simbólica, pelo “material”, mas, tenho certeza que foi apenas para que eu me sentisse melhor.
            De lá, o casal nos convidou para almoçar no restaurante mais charmoso e tradicional da cidade, e no final do almoço, confessaram que não poderiam ficar o resto da tarde conosco, porque era aniversário de um ano da  netinha deles.
            Aniversário de um ano da netinha!
            E eles ficaram nos “paparicando” por todo este tempo!
            Isto já aconteceu há alguns anos, E, tenho certeza que nunca vou esquecer de tudo que fizeram por mim. E mais, quando me lembro, o sentimento de gratidão ainda transborda em mim,
Alguém ainda duvida, que sou rodeada por anjos...? Ou holofotes?

                                                 Silvann@____

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Para frente, e para o alto!

Se um dia, menino
A vida te pega
Andando sem tino
Caindo na pedra

Não fica, menino
Por causa da pedra
Com o corpo fechado
Com um corpo de pedra

Um dia esta pedra
Com mêdo de alguém
Com o corpo em queda
Pode ir além
De um poço sem fim

Não fica, menino
Por causa da queda
Com o corpo fechado
Com um corpo de pedra

                      Silvann@____

Reflexões

Para cima, e para o alto!



Se um dia, menino

A vida lhe pega

Andando sem tino

Caindo na pedra



Não fica, menino

Por causa da pedra

Como o corpo fechado

Com um corpo de pedra



Um dia essa pedra

Com mêdo de alguém

Com o corpo em queda

Pode ir além

De um poço sem fim



Não fica, menino

Por causa da pedra

Com o corpo fechado

Com um corpo de pedra



Silvann@____