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Uma deficiente visual (Retinose Pigmentar), que vê a vida, como um presente à ser desfrutado.

terça-feira, 2 de junho de 2015

A vida por 1 ponto de vista - Cap VI


Aventura em Peruíbe


Novamente, estava em Santos, no apartamento dos pais da Elayne e do Tico, e resolvemos fazer um passeio em Peruíbe.

Eu não conhecia as praias que ficam ao sul de Itanhaém, por isso, fiquei muito empolgada.

Quando chegamos à cidade, demos uma volta, e paramos na beira do rio, que diziam que tem lama negra, medicinal.

Tinham várias pessoas com máscaras de areia, e algumas até enterradas, só com as cabeças de fora.

Fiquei meio impressionada, quando eles me contaram a cena, pois, meu campo visual, não alcançava toda a extensão do cenário à nossa volta.

A “tia” Elza, mãe da Elayne, resolveu fazer uma vala para colocar as pernas dela, e da D. Conceição, sua mãe.

Nem sei o porquê. Nunca ouvi falar que elas tivessem reumatismo, ou qualquer coisa parecida.

A Elayne, comentou que seu pai estava do outro lado do rio.

Eu fui entrando da água, dizendo:

Vamos encontrar com ele?

Nem dei tempo para ela responder, e fui logo entrando no rio e nadando...

Alguns garotos que estavam por ali, começaram a mexer comigo, dizendo:

Não vá, meu amor...! Volte...

Eu comecei a sentir a correnteza do delta do rio, perto do mar, e senti um pouco de medo.

Os pensamentos passavam rápido pela minha cabeça: “Será que é melhor voltar?”

Mas fiquei com vergonha, com medo de encontrar com os moleques...

Depois pensei: “Bem, se o “tio” Alcides, atravessou, é porque não tem perigo”.

E continuei nadando, percebendo a correnteza, que me levava em direção ao mar, e por isso resolvi nadar em diagonal, para chegar do outro lado na direção certa.

No começo, pensei que a Elayne estivesse atrás de mim, mas...

Não estava.

Quando cheguei á outra margem, bem cansada, encontrei com o “tio” Alcides, me esperando, dizendo:

O que você está fazendo aqui, menina?

Ah... A Elayne falou que o senhor estava aqui, então resolvi vir também...

Ele falou assustado:

Mas, eu vim por aquela pontinha de madeira, ali. falou me mostrando a ponte, com um gesto de cabeça Nossa, você poderia ter sido levada pela correnteza, para o mar...

Bem, agora sabemos que podemos vir à nado... falei brincando, meio sem graça — E é mais perto. Vamos voltar nadando?

Ele topou, e voltamos nadando. Só que desta vez, eu estava bem mais segura em sua companhia.

Quando chegamos à outra margem, eu estava exausta, mas nem queria demonstrar, depois daquela travessura tão arriscada.

A Elayne, sua avó, Conceição, e a “tia” Elza, também tinham ficado bem assustadas, mas ficaram um pouco mais tranquilas, quando viram que eu estava voltando com o “tio” Alcides.

Ainda bem que não era a minha mãe, que estava com elas, senão, ela teria tido uml “treco”, ou então, tenho certeza que me daria um bom corretivo!

Merecido, naturalmente.

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Reflexões

Para cima, e para o alto!



Se um dia, menino

A vida lhe pega

Andando sem tino

Caindo na pedra



Não fica, menino

Por causa da pedra

Como o corpo fechado

Com um corpo de pedra



Um dia essa pedra

Com mêdo de alguém

Com o corpo em queda

Pode ir além

De um poço sem fim



Não fica, menino

Por causa da pedra

Com o corpo fechado

Com um corpo de pedra



Silvann@____