Em comemoração à 24ª BIENAL do LIVRO, em São Paulo, estarei publicando 10 capítulos do meu livro, diariamente.
Espero que você "curta".
Férias
em Santos
Quando morei em Apiaí, quem mais nos visitou foi a família
Ferreirinha Alvarez.
O “tio” Alcides, amigo do meu pai desde a infância, continuou e
fortaleceu a amizade, depois de adultos e casados.Mais tarde, nós, os filhos, também nos tornamos amigos, com laços fortes, nos sentindo, no mínimo, primos.
Estavamos sempre juntos. Nos finais de semana, no clube ou na chácara deles, em Poá, nas viagem de férias...
Tenho muitas lembranças gostosas das férias no apartamento deles em Santos, que era muito legal, porque ficava no andar térreo, com a varanda, fechada por vidros, que dava para o jardim, na frente do prédio.
Tinha até uma entrada lateral, de serviço, que facilitava muito na hora de carregar e descarregar o carro, entrar com compras, molhados da praia, etc...
Certa vez vez, ficamos muito assustados com um vento Noroeste, tão violento, que os carros estacionados na rua, começaram à andar sozinhos, batendo, uns nos outros.
A impressão que tive, era que até o mar, à meia quadra do prédio, queria avançar, quarteirão adentro.
A primeira vez que vi uma Montanha Russa, foi lá em Santos, montada pelo Play Center.
Eu estava de férias com eles, claro, e fiquei impressionada com aquela estrutura gigantesca; morrendo de vontade de experimentar.
Ainda bem, que não fui só eu.
Nem me lembro direito como foi que subimos naquele carrinho...
Mas, de um coisa me lembro nitidamente: queriam tirar os meus óculos e eu disse que
não e garanti que os seguraria bem firme, pois, queria ver tudo, ou pelo menos,
o máximo possível.
Sempre gostei de grandes emoções.
Antes que eu me desse conta, fui surpreendida com a primeira
descida. Íngreme e violenta.
Eu estava desprevenida, e meus óculos saíram voando...
Automaticamente, levantei o braço, e consegui segurar uma haste,
por uma fração de segundos, entre o corpo e o cotovelo, e ao mesmo tempo,
gritei:
— AI, MEUS ÓCULOS!!!
A sorte, é que nesta mesma fração de segundos, o ”tio” Alcides
já tinha visto alguma coisa voando, e em um reflexo rápido, levantou o braço.
Os óculos, abertos, encaixaram em seu braço, e assim ele
conseguiu pegar e segurar firme, os óculos fujões.
Que sorte sorte!
Foi demais!
Pedi os óculos de volta, mas o “tio” Alcides, achou melhor não
abusar da sorte, e ficou com eles.
Esta, é mais uma pequena fração de tantas coisas que
vivenciamoos juntos, e que, até pra nós, parece surreal... Cena de filme...
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