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Uma deficiente visual (Retinose Pigmentar), que vê a vida, como um presente à ser desfrutado.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

TECNOLOGIA para RETINOSE PIGMENTAR

      A revista Veja publicou mais uma vez, novidades sobre tratamentos para Retinose Pigmentar:


“Tecnologia – Esperança para os cegos"

"O implante de um micro-chip, devolve parcialmente a visão à dois ingleses que sofrem de Retinose Pigmentar.”


Por  Gustavo Simon
 
“O funcionário público Chris James, de 54 anos, e o produtor musical Robin Miller, de 60 anos. Ambos ingleses, tornaram-se beneficiários de um passo significativo da medicina, no caminho de amenizar os efeitos de um tipo de cegueira que afeta 1 à cada 5 mil pessoas no mundo.

Os dois, sofrem de Retinose Pigmentar, doença genética que compromete algumas células da retina.

Há um mês e meio, eles receberam um implante de uma espécie de uma retina eletrônica dentro do globo ocular.

A semana passada anunciou-se que ambos recuperaram parcialmente a visão, perdida havia décadas.

O procedimento foi conduzido por médicos do Hospital de Olhos de Oxford, do Hospital do King’s College de Londres, a partir de estudos iniciados na Alemanha, em 2005.

Onze pacientes já haviam recebido o dispositivo anteriormente, mas apenas de forma experimental, em laboratório.

James e Miller são os primeiros à serem beneficiados pelo implante, de forma permanente.

Outros países devem iniciar nos próximos meses, experimentos semelhantes.

O Brasil no campus de Ribeirão Prêto, da USP, está na lista.

A Retinose Pigmentar é uma doença hereditária, que mata os cones e bastonetes, células responsáveis por perceber a luz, e com a degeneração dessas células, o doente perde a visão periférica, e conforme a doença avança, também a visão central.

A tecnologia que devolveu a visão parcial aos pacientes ingleses, usa um micro-chip com 1500 microscópicos pixels receptores, alimentado por uma bateria com vida útil de 10 anos, colocada entre o crânio e a pele.

Assim que a bateria foi ligada, os pacientes relataram ter percebido uma luz potente, como se alguém tivesse batido uma foto com flash, à sua frente.

Em pouco tempo, eles já distinguiam foco de luz em uma parede escura, e evoluíram à ponto de notar um prato sobre uma mesa, e de diferenciar formas geométricas básicas.

A imagem formada no cérebro, não tem cores e fica embaçada.

Ainda assim o inglês Robin Miller, relatou que depois de 25 anos, voltou a sonhar em cores.

Os pacientes  com os melhores resultados, alcançaram acuidade visual de 3.4 %.

Apesar de pequena, a taxa representa um significativo avanço para quem não enxergava nada, e permite uma relativa independência para realizar atividades cotidianas.

A expectativa dos médicos, é que depois de alguns meses, os pacientes sejam capazes de reconhecer rostos.

“Mesmo com poucos pacientes submetidos até hoje ao implante, os resultados são consistentes, e representam uma alternativa para quem não tinha esperança” diz o oftalmoligista paranaense André Messias, que participou das experiências  na Alemanha, e será responsável pelo braço brasileiro da pesquisa.

Há esperança também, de que no futuro, o chip seja aperfeiçoado e usado para tratar males como a degeneração macular, de prevalência muito mais comum.”



Leitura de Quadro:



“O caminho da visão”



“Como funciona o sistema que devolveu a visão aos pacientes ingleses:

Para substituírem as células mortas da retina, os cirurgiões fazem uma incisão no globo ocular, e implantam um chip com 3 mm2 e 50 mícrons de espessura, mais fino do que um fio de cabelo.

O chip, alimentado por uma bateria, possui 1500 eletrodos, que absorvem a luz que entra pelos olhos, e a transforma em impulsos elétricos.

Cada eletrodo está ligado à um circuito amplificador, que aumenta a potência da luz captada.

Assim, o paciente enxerga também, em ambientes pouco iluminados.

Os impulsos elétricos gerados pelo chip, são enviados ao nervo ótico, que precisa estar saudável. Dele os impulsos seguem para o córtex visual no cérebro, que forma as imagens.”

           

Esta matéria foi transcrita da Veja falada, gravada à partir da leitura da matéria da revista Veja de 05/05/2012.

Fontes: Francisco Max Damico e André Messias, oftalmologistas da USP de Ribeirão Prêto e Retina Implant AG


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Reflexões

Para cima, e para o alto!



Se um dia, menino

A vida lhe pega

Andando sem tino

Caindo na pedra



Não fica, menino

Por causa da pedra

Como o corpo fechado

Com um corpo de pedra



Um dia essa pedra

Com mêdo de alguém

Com o corpo em queda

Pode ir além

De um poço sem fim



Não fica, menino

Por causa da pedra

Com o corpo fechado

Com um corpo de pedra



Silvann@____