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Uma deficiente visual (Retinose Pigmentar), que vê a vida, como um presente à ser desfrutado.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

A vida por 1 ponto de vista - Cap X


Acho que não vi o gatinho...

 

As casas, da minha avó e do tio “Filico”, sempre foram a extensão da minha e eu conhecia cada canto, cada degrau e por isso circulava por elas com desenvoltura como se visse tudo, normalmente.

Um dia, quando estava saindo pela porta da cozinha, que tinha dois degraus, pisei em uma coisa diferente, e quase caí.

Percebi que a gata, da minha prima Nancy, estava amamentando seus filhotes e um dos gatinhos andava, trôpego, cambaleando...

Corri, desesperada, para minha casa, chorando...

Cheguei, afogueada, pedindo ajuda, dizendo:

A... A... Acho que... Matei um gatinho...!

Meu pai, acabando de chegar do trabalho, falou que iria comigo ver se o gatinho estava bem, e disse:

— Calma... Gatos tem sete vidas...

Quando ele estava acabando a frase, minha avó Anna, entrou esbaforida, falando:

Ai, sabe que mataram um dos gatinhos, degolado...?

Caí no choro novamente, desesperada.

Quando a minha avó percebeu que fui eu quem pisou no gatinho e tentou contornar a situação, já era tarde, não dava mais para consertar.

Fiquei com um sentimento de culpa que carrego até hoje, embora tenha consciência de que não foi proposital, uma sensação de tristeza sempre vem à tona quando me lembro deste incidente.

Os bichinhos, são bênçãos da natureza.

  

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Reflexões

Para cima, e para o alto!



Se um dia, menino

A vida lhe pega

Andando sem tino

Caindo na pedra



Não fica, menino

Por causa da pedra

Como o corpo fechado

Com um corpo de pedra



Um dia essa pedra

Com mêdo de alguém

Com o corpo em queda

Pode ir além

De um poço sem fim



Não fica, menino

Por causa da pedra

Com o corpo fechado

Com um corpo de pedra



Silvann@____